Jornal 24 horas de 13/12/2006 " "Vila Faia" volta para o ano

A primeira novela portuguesa vai renascer das cinzas e voltar à RTP1 no segundo semestre de 2007.

O anúncio foi feito na segunda-feira por Nuno Santos, director de programas da estação, durante a apresentação da grelha do próximo ano. “Vila Faia” volta 25 anos depois de ter estreado e numa altura em que a RTP comemora o seu 50.º aniversário.

Francisco Nicholson, um dos autores da história, deu a sugestão a Nuno Santos e este agarrou a ideia que já andava magicar. “Surgiu de uma conversa. Era uma coisa que tinha pensado”, conta o chefão do canal público.

Uma feliz coincidência que teve pernas para andar.

“Sinto-me feliz e honrado por a RTP estar a pensar num remake.

Espero que seja um êxito, como foi na primeira versão”, deseja Nicholson.

E nada melhor do que juntar a história dos 25 anos da novela aos 50 da estação.

“Foi uma história que prendeu muito as pessoas e que tem muito a ver com o universo português”, justifica ainda a aposta.

A nova versão de “Vila Faia” ainda não está acertada.

“Vai começar agora a ser definida”, refere Nuno Santos, que até ao momento só teve“duas breves conversas” com o principal autor da primeira novela portuguesa.

Nem produtora, elenco, realizador, início de gravações e data de estreia estão assentes. “

Há só ideias”, adianta.

Actores podem voltar à históriaO certo é que a RTP1 vai ressuscitar personagens como a de João Godunha, imortalizado por Nicolau Breyner, que aplaude este regresso.

“É o reconhecimento de que foi uma grande novela”, salienta o actor, um dos autores do enredo e director de actores de “Vila Faia”, em 1982.

“Foi um bom produto”, diz, acrescentando ter “muito orgulho” por participado na primeira novela portuguesa.

E será que gostava de voltar a entrar no elenco? “Era uma questão para pensar”, responde.Mas seria noutro papel.

“Já não tenho idade para fazer de João Godunha”.

E, segundo Nicholson, pode ser que as caras que vimos há 25 anos em “Vila Faia” voltem à trama.

“Inclusivamente actores que possam fazer outros papéis”. "